O futuro do esporte



Robson Caetano

O futuro do esporte


Como estaremos daqui a alguns anos? Sempre sonhei que o esporte fizesse a diferença na vida das pessoas e, por incrível que pareça, ele o faz. Porque quando uma equipe inteira sai do país para representar um esporte nossas
expectativas são depositadas nessas pessoas, que passam a vida inteira
dedicando suas vidas a ele. Isso sempre ficou evidenciado (já por ocasião da olimpíada moderna, que data de 1896)  quando nossos
heróis olímpicos cruzaram oceanos e não tínhamos os recursos de comunicação que temos hoje. E, até agora, com todos os recursos da telecomunicação existentes no mundo, ainda vivemos a utopia de que seremos uma potência olímpica. Se vocês querem saber, eu concordo, desde que algumas precauções sejam tomadas, tais como:
   - Incentivar a prática desportiva nas escolas, para que tenhamos as nossas
crianças mais integradas a esta instituição, que merece nosso respeito, assim
como os professores;
   - Dignificar a vida do professor do ensino fundamental, para que este faça
seu trabalho com mais empenho; e digo isto com a autoridade de professor de
educação física;
   - Incentivar as competições entre escolas, faculdades, universidades,
promovendo intercâmbio entre seus participantes;
   - Qualificar os profissionais de cada modalidade esportiva, para que se
possa ter uma melhor captação de recursos humanos;
   - Criar uma política desportiva que permita a entrada do capital privado e
publico, no sentido de melhorar a vida pessoal do atleta, que passa boa parte
de sua vida treinando;
   - Formar cidadãos mais bem preparados para o sucesso, que é uma
conseqüência lógica do trabalho aplicado durante a vida como esportista.

Essas são algumas das coisas que estão sendo discutidas, sob os olhos
atentos do novo ministro de esporte e turismo, Carlos Melles. Isto me deixa
curioso com respeito ao que será feito do esporte, que está aos poucos se
tornando político demais, o que é perigoso, pois se o esporte, que é uma mina
de ouro que irá movimentar somente no ano de 2001 a cifra de 15 bilhões de
reais, for mal administrado será uma pena, já que os números que parecem
expressivos hoje sempre estiveram lá. O único problema é que estão começando a perceber que os atletas são seres pensantes. Por isso é que será formada, junto ao ministério, a Comissão Nacional de Atletas, para que o ministro possa atender à demanda que exige o esporte em geral e o esporte olímpico. Por causa da participação modesta que teve o Brasil em Sydney e a brilhante que está tendo a delegação paraolímpica, é que começa a ser avaliada no Brasil a expectativa de se começar logo os trabalhos de reformulação, que são muito grandes. É claro que muitos cuidados terão que ser tomados no sentido de não se colocar os pés pelas mãos. O Brasil é uma potência no que se diz respeito aos recursos humanos e por isso é que se tem que tomar cuidado, pois o futuro de um país com mais de 160 milhões de habitantes tem tudo para produzir grandes atletas e figuras humanas fantásticas.

                        Um forte abraço; Robson Caetano