Coisas do futebol de nosso estado





Hoje, eu gostaria de estar falando de coisas boas e importantes do futebol carioca, tecendo elogios aos seus dirigentes e aos responsáveis por sua organização dentro de nosso Estado do Rio de Janeiro. No entanto, por mais que me esforce, isto não é possível. E por quê? Quais as razões que, mais uma vez, me deixam triste, apesar de toda uma longa vida convivendo com coisas parecidas? É muito complicado tentar entender ou explicar o que não pode ser entendido e muito menos explicado. 

Neste ano de 2000, o CFZ do Rio S.E., por mais de uma vez, foi atingido por atos dos organizadores de nosso futebol: uma vez, logo no início do ano, fomos alijados da primeira divisão (depois de termos disputado uma “seletiva” bastante complicada e onerosa, depois de termos nos classificado brilhantemente, depois de iniciado o campeonato da primeira divisão, depois de disputarmos o primeiro jogo contra a equipe do Volta Redonda, inclusive vencido por nós, isto da categoria juvenil), simplesmente, sem qualquer comunicação, discussão, diálogo, explicação ou o que fosse. Anularam tudo o que já tinha sido iniciado e nos reverteram para a segunda divisão, que, mais uma vez, também vencemos. Não bastassem esta e outras situações iguais, agora, neste mês de novembro, mais uma vez, fomos brutalmente atingidos pela desorganização que impera no futebol estadual: no início deste ano, no arbitral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro – FERJ, foi feito o regulamento deste ano onde já regulamentavam a “seletiva” para classificar, entre diversas, as duas novas equipes que se agregariam às grandes equipes do Estado, para disputar a Primeira Divisão de Futebol Estadual. Neste documento da FERJ, entre outras equipes, também o CFZ do Rio estava garantido, nominalmente, para disputar esta “seletiva classificatória”. 

Em decorrência deste fato, esta seletiva passou a ser a nossa prioridade número um. O ano decorreu, as competições foram se realizando normalmente sem que, em qualquer momento, alguém colocasse em dúvida esta realidade. Agora, mais uma vez, sem qualquer comunicação, debate, explicação, consideração ou qualquer outra forma de relação, normal, entre pessoas ou entidades civilizadas, soubemos, por terceiros, que um novo arbitral de clubes cariocas, mais uma vez, nos tinha alijado de uma nova “seletiva” impedindo-nos, desta forma, de chegarmos à Primeira Divisão de Futebol Profissional. Não vou tecer qualquer espécie de crítica ou mesmo comentário; deixo isto para você, que lê esta minha coluna. 

O que posso afirmar e garantir aos donos do futebol carioca é que não vão me fazer desistir. Vou continuar na esperança de que algum milagre venha a ocorrer. Nossos planos continuam vivos. Nosso projeto é suficientemente profissional para se readaptar até nos casos impossíveis e imprevisíveis. Nossos resultados têm sido excelentes, assustando, possivelmente, os que não têm a mesma competência e determinação.  

Tenho certeza que, apesar de tudo, vamos alcançar todos os nossos objetivos, sem exceção.