FATOS RELEVANTES NO ESPORTE




Este ano, os jogos olímpicos vão estar a todo vapor. Os atletas estão assustados com o cerco feito aos que usam drogas.
Aqui, em Los Angeles, os rumores de que os atletas estão numa sinuca são muito grandes. Técnicos como John Smith ou Bob Kearce estão com problemas sérios e as acusações contra eles são muitas.
Em Long Beach, a atleta Geisa Aparecida participou de um encontro de atletismo, e simplesmente venceu os 60 metros, os 200 metros e os 400 metros. A atleta, que é a segunda do ranking na prova dos 100 metros no Brasil, atrás apenas de Lucimar Moura, disse que está animada para este ano, e que as coisas no Brasil estão complicadas. Também, sem clube e sem ter a quem recorrer, Geisa, que treina com Carlos Alberto Cavalheiro, aqui em San Diego, Califórnia, vive a expectativa de quem vai pagar para tê-la, juntamente com o técnico, num clube decente no Brasil.

O ex-atleta Carl Lewis está em Los Angeles, tentando fazer com que a indústria do cinema invista nele como ator. A verdade é que, como ator, Carl Lewis é um grande velocista. Os atletas Hudson de Souza, campeão pan-americano dos 5 mil e dos 1500 metros, e Sanderlei Parrela estão no Arizona, treinando para esta temporada.
Ao desembarcar no aeroporto de Los Angeles, os atletas que treinam com Luiz Alberto me disseram que estão apostando num ano muito bom para a equipe brasileira de atletismo.
Ao que parece, algumas pessoas não entendem que o esporte é o caminho real para a inclusão social, e que através dele o país mostra o quanto evoluiu. Sendo assim, é bom pensar que o fato de os jogos pan-americanos serem no Rio de Janeiro é uma grande chance de mostrar que o Brasil está no caminho certo. Eu falo tudo isso porque está na hora desse, ou de algum outro presidente, tratar o esporte com maior respeito, pois o fato de termos uma população tão grande e um número tão pequeno de atletas em condições de conquistar medalhas para o Brasil em jogos olímpicos é vergonhoso. O fato é que aqui, nos EUA, a cultura está muito pautada no sucesso e tudo que é feito neste país mostra isso.
Enquanto andava pelo campus da UCLA,  vários técnicos e atletas me perguntaram se no Brasil tínhamos um “hall da fama” do esporte. Eu já não agüentava mais, porém foi bom, pois assim eu escrevo aqui sobre mais esta falta de respeito com o esporte nacional, que não guarda o nome dos seus heróis. A morte de Leônidas da Silva me faz acreditar que, enquanto não tivermos uma política esportiva séria, voltada para o sucesso daqueles que fizeram, em benefício daqueles que estão começando no esporte, não seremos respeitados como potência olímpica.

Um forte abraço,
Robson Caetano.