O Clube de Regatas Flamengo e a Taça Libertadores da América
A Taça Libertadores da América traz gratas lembranças a todos os rubro-negros, não somente pelos seus próprios resultados, mas também por tudo que representou para o próprio futebol brasileiro, já que, a partir desta conquista, os nossos clubes começaram a dar uma outra importância a esta competição, pela repercussão alcançada pelo Flamengo. Foi uma página brilhante de nossa história, que sinalizou o início de muitas outras conquistas, inclusive o campeonato mundial de clubes, na cidade de Tókio, no ano de 1981. Hoje, já com uma razoável distância histórica, observo detalhes que naquela época nada significavam, pois eram o mínimo que se podia esperar de um grupo de atletas.
No entanto, com o passar do tempo, estes princípios foram se deturpando, levando a um grande comprometimento dos resultados finais de uma equipe de futebol. Era muito forte o sentido coletivo do grupo. Havia uma união absoluta objetivando os melhores resultados. Tudo era superado no relacionamento pessoal, para poder obter as grandes conquistas no terreno coletivo.
O sentimento de camisa era muito forte, gerando um amor que muitas vezes se transformava numa intensa paixão que não media sacrifícios na busca da vitória. Não havia sol nem chuva, cara feia ou ranger de dentes da torcida adversária que intimidasse ou acovardasse aquela nossa equipe, movida pela paixão. Acho que estes sentimentos fazem falta ao futebol atual ou, na melhor das hipóteses, não são na dimensão desejada.
A conquista da Taça Libertadores da América, naquele ano de 1981, pelo Flamengo, foi uma das maiores emoções de minha longa vida esportiva. Juntamente com meus companheiros, conseguimos dar ao nosso Flamengo um dos títulos mais importantes de toda a sua história. Congatulo-me com todos os jogadores, diretoria, funcionários e, sobretudo, com a grande torcida rubro-negra por essa conquista memorável
Zico