WICCA


A Wicca é uma religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs praticadas entre os europeus e norte-americanos, porém, nos últimos anos, houve um crescente interesse pela bruxaria no Brasil.

Nela, afirma-se a existência do poder sobrenatural, como a magia e os princípios físicos e espirituais. É uma religião xamanística que enfoca uma filosofia mágica de vida baseada nos ciclos da natureza, incluindo várias formas de magia branca e rituais para harmonização pessoal, envolvendo o poder das fases lunares, dos quatro elementos e das quatro estações do ano.

Arte da feitiçaria moderna que celebra os ciclos da vida e os festivais sazonais conhecidos como sabás, os quais ocorrem, normalmente, oito vezes por ano.

Os adeptos da Wicca são chamados de bruxos e não aceitam o conceito de pecado ou mal absoluto, não acreditam em um céu ou em um inferno, mas somente naqueles que são sua criação própria. A Wicca significa, ao pé da letra, a sabedoria de girar, dobrar e moldar as forças da natureza a nosso favor.

Os bruxos e bruxas da magia Wicca acreditam que os Deuses estão presentes dentro e fora de nós mesmos e, por isso, que todas as formas de vida devem ser respeitadas como expressão da Grande Divindade. Acreditando que a Terra é a própria manifestação da Deusa, os chamados bruxos amam e cultuam a natureza, ao contrário da maioria das crenças patriarcais que fizeram dos homens os maiores exploradores da Terra, colocando-os contra a natureza.

A Wicca tenta trazer novamente ao conhecimento público os rituais antigos. Hoje, nada pode ocorrer além disso, pois muitos dos segredos que a envolviam foram perdidos quando a bruxaria era considerada crime. Agora, também não existe mais uma linhagem de sacerdotes como antigamente, mas, sim, pessoas normais que praticam rituais cuja origem se perde no tempo.

A Wicca prega o amor incondicional à natureza e, por isso, tem muito a oferecer ao homem da atualidade, que se encontra perdido em meio ao avanço científico e tecnológico.

Fazem parte da Wicca aqueles que seguem os seus conceitos e celebram os solstícios e equinócios, entrando em equilíbrio com a Mãe Natureza, buscando um aprofundamento maior no estudo da magia, na arte da adivinhação, no estudo das ervas medicinais, enfim, nos estudos místicos, para habilitar-se a realizações de casamentos, batizados, aconselhamentos e curas do corpo e da alma.


Sempre que possível, uma bruxa deve ter seu altar e fazer dele um ponto de ligação com os deuses. O ideal é que o altar seja posicionado ao Norte, pois acredita-se que este é o lugar onde moram os deuses, sendo considerado o ponto de partida para todas as operações mágicas.

Um altar deve conter alguns objetos, como: o cálice; o pentagrama; o incenso; a varinha; uma vela preta, a Oeste, simbolizando a Deusa; uma branca, a leste, simbolizando o Deus Maior; além de outras coisas utilizadas para a magia.

Também é comum colocar outros objetos para os quatro elementos, como: uma pena, para o ar; uma planta, para a terra; uma vela vermelha ou enxofre, para o fogo; e água, para este mesmo elemento. No centro, deve-se colocar um caldeirão de ferro, pois este significa o útero da mãe. São feitas nele as magias, feitiços, poções e pedidos. 

O importante é que o altar seja um espaço pessoal onde deve ser colocado todo o seu amor.Uma das coisas mais importantes para este tipo de ritual é o circulo mágico. Precisamos dele para garantir nossa proteção durante nossos rituais, pois, quando ele é aberto corretamente, nada pode nos atacar; além disso, depois de aberto, nada sai e nada entra.

Seu formato (círculo) nos mostra que nele não há começo nem fim. Ele deve ser visto, no momento de sua abertura, como uma espécie de bolha que penetra no solo e acima de sua cabeça.

A energia gerada ficará contida dentro dele e, pela temperatura em seu interior, você poderá facilmente constatar a presença dela.

Dentro do círculo, que é um lugar sagrado, devem ser feitas as celebrações, os rituais e os trabalhos mágicos.