Palavras da Cúpula



Desta vez, nem foi preciso chegar o novo ano para que tivéssemos que sofrer aumentos abusivos de impostos, tarifas, passagens. O sofrimento (ou a tortura)  começou mais cedo. Nossos dirigentes, insensíveis à condição econômica do povo em geral, que tem seus parcos salários reajustados pelos índices inflacionários, controlados pelo governo federal, e que vêm se mostrando bastante baixos, embora a realidade dos preços dos  supermercados seja outra, autorizam, a torto e a direito, majorações incompatíveis com a realidade nacional.
Promessas alvissareiras foram feitas durante a campanha eleitoral, onde tudo era um mar de rosas. Candidatos – e governo federal, inclusive – acenavam com um futuro de bem-estar e prosperidade para a população, iludindo, mais uma vez, os eleitores, que, de boa-fé, neles votaram ou acreditaram.

Passadas as eleições, depois de eleitos – ou reeleitos – eis que a verdadeira realidade nos esbofeteia: ERA TUDO MENTIRA! A ética foi mandada às favas.A promessa do governo federal de que iria dar um bônus de  cerca de 16% nas contas de luz a partir de janeiro de 2013 está anulada com o aumento estapafúrdio de quase 12% nas tarifas do Rio de Janeiro, a partir de 7 de novembro deste ano. Considerando-se que ainda temos quase três meses para terminar o ano, tempo em que já começaremos a pagar a benesse concedida à concessionária de energia, verifica-se que, praticamente, vão ser trocados seis por meia dúzia, conforme o jargão popular. Isso se, realmente, a promessa do governo federal se concretizar, o que já é objeto de dúvida.

No plano municipal, já foi divulgado que as passagens de ônibus serão majoradas em mais de 10%, a partir de 2 de janeiro de 2013, o que vem corroborar um dito corrente em nossos meios políticos: “não há almoço grátis”. Como sói acontecer no ramo, o apoio vem antes, e a fatura vem depois. É a vida.
E o IPTU, que seria intocável, não resistiu à sanha arrecadatória dos responsáveis pelo poder, sempre imaginando novas fórmulas de assédio ao nosso suado dinheirinho. Novo método de cálculo vem aí e dificilmente será bom para o bolso do contribuinte.
E, assim, vamos levando a vida, honestamente, com sacrifício, pagando os exorbitantes impostos e procurando acertar na escolha de dirigentes, uma tarefa cada vez mais difícil.


 Editorial Tipo Carioca