PALAVRAS DA CÚPULA

Se o caro leitor consultar a Wikipedia, na internet, vai encontrar o seguinte, no verbete “Recreio dos Bandeirantes”:

“Recreio dos Bandeirantes é um bairro nobre de classe média alta da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. É um dos bairros mais jovens da cidade, localizado na região administrativa da Barra da Tijuca, Possui uma área territorial de 30.655 km² e uma população de 82.240 habitantes divididos em 38.705 domicílios, sendo conhecido pelo ambientalismo, ORGANIZAÇÃO, SEGURANÇA, praias e a prática de esportes aquáticos”.


Não sabemos quando foi colocado isso na Wikipedia, mas está lá, para consulta de pessoas que desejam saber detalhes sobre este aprazível recanto de nossa cidade. O dado sobre o número de habitantes é de 2010. De lá para cá, muita coisa mudou. Em apenas três anos, nossa população cresceu desmesuradamente, sem a correspondente contrapartida na infraestrutura de transportes, serviços e segurança.  Na definição acima, ressaltamos os itens “Organização” e “Segurança”, coisas que se tornam cada vez mais precárias na região.

Em “organização”, basta ver o caos que se instalou em ruas como a Gilka Machado e a Guiomar de Novais, entregues à própria sorte, com toda espécie de infrações às leis. É pena, porque ambas poderiam ajudar a escoar o intenso tráfego de veículos da Avenida das Américas para a orla, se devidamente livres das mazelas que as assolam. Na Américas, a pista interna da direita mostra-se quase impossível de ser usada, dada a quantidade de carros estacionados irregularmente em sua extensão.

Já no item “segurança”, depois da implantação de UPPs em diversas comunidades, parece que há um deslocamento da bandidagem para outras regiões, aí incluídas as da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes.

Já não há mais aquela calma de outrora, quando os cidadãos saíam despreocupadamente de bancos, após sacarem alguma quantia. Uma rua emblemática é a Gláucio Gil, onde vem sendo registrado alto índice de assaltos, mormente em suas extremidades, em plena luz do dia.

“Flanelinhas” agem à vontade em ruas da região, achacando motoristas, inclusive em ruas internas, derradeiro lugar de estacionamento para quem pretende ir a algum endereço da Avenida das Américas.
A Praça Tim Maia virou um verdadeiro hotel, com desocupados e viciados em drogas ali acampados.
Assim, o cidadão se sente desprotegido e abandonado, apesar do elevado IPTU que paga por seu imóvel, um dos mais altos da cidade, e se pergunta: ONDE ESTÃO AS AUTORIDADES?