Nós, fundadores do tabloide periódico que o caro leitor tem nas mãos,
estamos na região do Recreio dos Bandeirantes desde meados dos anos
1980. Encontramos, naquela ocasião, um bairro ainda meio agreste, com uma
Avenida das Américas incipiente, estreita, longe do atual esplendor
destes tempos de Transoeste. Nossa casa foi a primeira de uma quadra que hoje abriga 19 residências. Por quê estamos nos referindo a tudo isso?
Simplesmente porque, para nosso espanto, desconforto e desagrado, mesmo com todo o progresso que se seguiu, estamos assistindo, perplexos, a volta dos tempos difíceis enfrentados pelos pioneiros moradores deste belo recanto situado na zona sudoeste da cidade.
Nos anos 1980, a realização de eventos nos quintais das residências, após o pôr do Sol, era tarefa praticamente impossível, tal a quantidade de mosquitos e outros insetos que infestavam o bairro. Éramos obrigados a ficar confinados no interior de nossas casas, logo após o entardecer.
Agora, passados mais de 25 anos, para nossa tristeza, a situação parece estar de volta: estamos nos deparando com uma formidável proliferação de mosquitos na região, notadamente no Terreirão e áreas adjacentes, infernizando a vida de todos.
As causas, ao que parece, ainda não foram detectadas e não estão sendo combatidas pelas autoridades. Devem estar achando isso normal. Mas não é.
Há pouco mais de um ano, a incidência de mosquitos situava-se em um
nível tolerável. Agora, voltamos a usar inseticidas, repelentes e
raquetes eletrônicas, que matraqueiam sem cessar nos restaurantes e
casas noturnas, quase impossíveis de serem frequentados.
A praga está muito intensificada. Teria sido abalado o equilíbrio ecológico da região? O fato é que não vemos mais aquelas nuvens de andorinhas e pardais, predadores naturais de insetos. Deram lugar às nuvens de mosquitos.
A praga está muito intensificada. Teria sido abalado o equilíbrio ecológico da região? O fato é que não vemos mais aquelas nuvens de andorinhas e pardais, predadores naturais de insetos. Deram lugar às nuvens de mosquitos.
Imagina na Copa...