Poesias


CARTA PARA UMA NOIVA

Minha querida noivinha
Pergunto-me se é a lembrança da tua imagem
que me faz viver tão feliz e respondo que,
apesar de vivermos em cidades distantes, o
teu divino retrato vive a boiar no meu pranto
qual uma flor no regato e, quando estou admirando
a beleza das nuvens azuis no céu, lembro-me
da emoção que sinto ao contemplar a tua beleza
e o teu comportamento, um lenitivo para suportar tua ausência.
A tua simpatia e simplicidade me envolveram
de tal forma que fico absorvido a pensar em ti,
a todo momento. Quando um homem está apaixonado,
os seus sentimentos o encorajam a escrever
as palavras que brotam do seu coração.
Antes de apagar a luz para deitar-se, procura
ler alguma poesia e pense em nós, certo que eu
estarei, no mesmo momento, pensando em ti.
Sinto que os nossos corações não demonstram
nenhum pedaço de incerteza, e sei que a sua estrada
será a nossa estrada e, assim, viveremos juntos
e felizes para sempre
Beijos, beijos, te amo, teu noivo.
Walkyrio Rotay.


A FELIZ COEXISTÊNCIA COM A GENÉTICA

Os filhos, os netos, os bisnetos
bem-vindos, bem-nascidos
outras gerações advirão
agradecemos por existirem
nosso sangue, nossa paixão
nosso amor, nossa dedicação.

Felicidade que desce à Terra
O mesmo fascínio e beleza
do céu sagrado que brilha
na conexão com a vida
cada um seguindo sua trilha.

Com muita fé e muitas alegrias
esperanças e carinho incondicional
sabemos tentarão o perfeito
caráter e bondade espiritual
na amizade, no emocional.
Walkyrio Rotay.



DEVANEIOS

Encontrei um bilhete
Encheu meus olhos, derramei lágrimas
Saudades
Amor
Carinho, sonho beijo
Escrita sem nexo nem direção
Bateu paixão
Fechei a boca pra segurar meu coração
doces palavras
Será que digo?
Odeio?
Não!
Amor desejo,
Quem? Seus beijos
Se entrega,
Queima, me acende, apaga
Não sei
Minhas roupas, quarto,
Derruba essa muralha
Me devora,
Quando? Não importa
Me aquece, congela
Me dá seu sexo,
Silêncio, sussurro, apavora
Saudade louca,
Desvairada, devaneios
Me pega, me laça.
Faz o que quiser, pisa, abraça
Saudade que me mata.
Cássia Freitas.



EU PENSO NA LIBERDADE

Eu penso na liberdade,
na liberdade que o vento leva,
penso na dança que as folhas fazem,
quando o vento por elas passam e
nos sonhos que a Lua tem.

Penso nas belezas que a noite esconde,
que somente a Lua consegue ver,
nos pingos da tempestade
que aos poucos fazem destruição.

Penso nas crianças de prato vazio,
que tratam a fome como companheira,
às vezes penso que sou um alucinado pensador,
penso tanto e em tudo,
que chego a sentir dor.

Sinto dor na alma,
quando vejo as palmas da falsidade,
quando ouço as falas da mentira
nas novelas de final de noite.

Sinto dor pelos jovens sem cultura,
que se enterram nas ilusões,
ilusões de momentos perdidos,
e depois de seus atos arrependidos.

Eu penso na liberdade que esse
tal de ser humano pensa que tem.

Adilson Costa.