Entre tantos shows, que espetáculo a Copa do Mundo. Espetáculo de cores,
etnias...Tantas bandeiras demonstradas nas mais variadas formas. Nas
unhas nos cabelos, no próprio rosto! Pinturas com o melhor acabamento,
pinturas de última hora feitas com qualquer recurso... O importante é
manifestar esse ato de vanguarda, que flui através dos tempos sempre que
nosso impulso se torna mais forte que qualquer coisa. Nós superamos
todos os desafios, inclusive o da dor que envolve o maior tabu em todos
os povos.
Através de rituais sagrados ou satânicos, simples atos de
posterioridade de características tribais, esses impulsos ganharam
nossos dias. Essas pinturas nada mais são que tatuagens impressas na
mídia dessas pessoas que casualmente vêm fazer parte dos veículos de
imprensa ou propaganda, que se tornam eternizados pela memória de
grandes espetáculos, como o momento que vivemos com a Copa do Mundo. São
revistas, as transmissões de TV e nosso dia a dia ao vivo, onde
acompanhamos corpos decorados, com a mais profunda certeza de que essas
tatuagens, mesmo que temporárias, vão fazer a diferença.
Quantos jogos (todos os dias), arquibancadas cheias de classes sociais e profissionais, distribuídas por pessoas de bem que impõem as tatuagens de maneira tão simples, transbordam a felicidade de poder ser autênticas e competentes nas suas atividades. Jogadores selecionados como os melhores do mundo em seus países se sentem honrados em ostentar suas bandeiras, com seus corpos ilustrados por tatuagens, e isso não os faz marginalizados pelo estigma da tatuagem no Ocidente. Os povos aclamam seus heróis pintados. Para paz, para guerra, para defender suas políticas, sejam elas de liberdade ou clausura.
Como separar dos anseios de uma criança as tatuagens de um jogador que representa seu país, onde seus pais torcem vigorosamente por vitórias e ensinam esse futuro cidadão a torcer? A referência mais natural é tentar ser como nossos astros, tatuados por desejos tão fortes das mais profundas entranhas do ser, que não existe dor. A dor é a parte fácil. Apreciam-se, daí, as homenagens que detêm a grande parte dos temas escolhidos em tatuagens.
Jovens de pouca idade que querem se tatuar e encontram os limites da família, ou o medo do futuro, superam esses momentos com uma tatuagem que reforce seus laços sanguíneos, como seu nome, sobrenome, foto de seus pais ou avós, brasões de família e, ao ultrapassar a barreira da insegurança, aí, sim, vêm representar seus verdadeiros temas de realização interior.
Viva para as imagens que transbordam nas pessoas tatuadas. Vida para os desenhos ou mensagens estampados na pele de tantas pessoas. Vamos concordar que a tatuagem é a arte em que o barbarismo é perdoado pela beleza. Sendo assim, só se tatue com profissionais. É a sua segurança.
Para finalizar, se você já é tatuado na alma e só falta imprimir... Coragem!