Durante muito tempo, as estampas apresentadas em tecidos vivos foram reprimidas, navegaram por vários mares e guetos e, atualmente, podemos dizer, fazem parte de um cenário aberto e praticamente livre de gerações que condenaram a capacidade profissional, a conduta e até mesmo o caráter de pessoas bem-formadas, vindas de berços nobres ou até de origem simples, porém preparadas para produzir trabalhando e conviver em qualquer sociedade.
Fruto de uma condição típica dos tempos passados, as tatuagens migraram do Oriente para o Ocidente em embarcações e se tornaram conhecidas entre as classes sociais menos aprovadas para uma sociedade predominante. Resultado: a beleza da arte estampada até na alma se tornou um estigma de liberdade ou repressão.
Sendo, sem dúvida, uma das mais belas das sete artes, habita, hoje, os mais celebrados corpos do planeta e, falando objetivamente de Rio de Janeiro, em qualquer dos quatro nortes do estado a tatuagem é celebrada pelo Tipo Carioca como vencedora de uma luta árdua de uma galera e um povo que não se rendeu à repressão e conseguiu fazer com que essa arte, hoje, conte com livraria especializada, mídia em veículos eletrônicos, convenções e um comércio aberto a todos os que quiserem tatuar ou adquirir todo o material para realizar tal prática e, com isso, contribuir para um mundo muito mais colorido, menos preconceituoso, mais leve... Muito melhor!
Parabéns aos que lutaram e meu respeito aos que usam as tatuagens. Na próxima edição, vou comentar um tema bastante polêmico: menores de idade!!
Afinal, o volume de menores tatuados é notável...
Só se tatue com profissionais!