É o
exame visual das paredes internas, mucosa, dos três segmentos superiores do
tubo digestivo: esôfago, estômago, primeira e segunda porções duodenais. É
feito pela passagem pela boca de um tubo longo, fino e flexível, chamado
ENDOSCÓPIO, utilizando o fibroscópio e o videoendoscópio. Este último tem um
sofisticado sistema capaz de gerar imagens coloridas, em tempo real, ligado a
um monitor de vídeo e acoplado a um sistema informatizado de registro fotográfico.
Estes aparelhos são capazes de visualizar, fotografar, retirar fragmentos de
tecido, colher esfregaços, colorir etc. Eles permitem que o material colhido
seja enviado para análise laboratorial. Alguns tratamentos, também, podem ser
feitos durante a endoscopia digestiva alta. É a fase terapêutica do método,
como dilatações das estenoses, esclerose e ligadura de varizes
esofagogástricas, hemostasia de sangramentos, retirada de corpos estranhos
deglutidos inadvertidamente, ressecção de pólipos, polipectomia, colocação de
balão intragástrico para perda de peso. Outra aplicação é a colocação de sondas
para alimentação enteral, terapia térmica, gastrostomia endoscópica e
tratamento de divertículos.
PREPARO
– O exame necessita de um estômago vazio, e o ideal é que o examinando faça uma
alimentação leve de véspera. A ingestão de líquidos e sólidos deve ser suspensa
oito horas antes do exame, especialmente o leite de vaca; e a de água, duas
horas. A ingestão de qualquer antibiótico até seis dias antes pode prejudicar a
pesquisa da bactéria HELICOBACTER PYLORI. Antes do exame, no consultório, é
fornecida uma solução de dimeticona para retirar os gases e as bolhas do jejum.
EXAME
– O médico se integrará ao paciente; são retiradas as próteses dentárias,
óculos, lentes de contato, objetos metálicos, e inicia-se o preparo
propriamente dito, com uma medicação sedativa via venosa individualizada,
anestesia da orofaringe e colocação de um sistema de monitoramento contínuo que
vai medindo os parâmetros do paciente através de um aparelho, o oxímetro de
pulso.
É
colocada uma boqueira, a fim de manter a boca aberta para introdução do
endoscópio. É importante saber que o aparelho e o exame não interferem na
respiração e não produzem dor. O procedimento dura entre cinco e trinta
minutos.
RECUPERAÇÃO
– O paciente é aconselhado a vir acompanhado e, após o exame, permanecerá o
tempo necessário na sala de recuperação, devendo abster-se nesse dia de
alimentos muito elaborados, não dirigir automóveis, não operar máquinas e não
ingerir bebidas alcoólicas.
RISCOS
– É um exame pouquíssimo invasivo que tem riscos muito insignificantes já que
os aparelhos são totalmente desinfetados, e o exame é totalmente controlado
pelos oxímetros. O que se observa, em raros casos, é uma irritação da orofaringe
e, às vezes, uma dor na região cervical, os quais cessam em 24 horas, sem
necessidade de outras terapêuticas. A sedação é feita em dose muito restrita e
geralmente não acarreta nenhuma complicação.
EM
RESUMO: o exame endoscópico digestivo
alto é muito importante e capaz de diagnosticar, esclarecer queixas atrás do
esterno, da deglutição, dispepsias, fazer o diagnóstico da presença do
helicobacter pylori, escanear o câncer gástrico e tratar, sem necessidade de
incisão cirúrgica, várias patologias.