Neste ano, já aconteceram coisas marcantes. No setor religioso,
emocionou o mundo a escolha de um papa sul-americano, jesuíta, com ideias de
simplicidade e trazendo a humildade ensinada por Jesus Cristo, quando esteve na
Terra.
No Rio Grande do Sul, existe um núcleo de cidades denominado
"Os sete povos das Missões", desenvolvido junto aos índios guaranis,
pelos padres jesuítas, no século XVII.
Foram combatidos e dizimados pelos brancos espanhóis e
portugueses, que temiam perder a supremacia das terras guaranis, conquistada a
ferro e fogo. Índios e jesuítas pereceram nas lutas travadas para manutenção do
que seria uma civilização igualitária de direitos e deveres sociais.
Admiro os jesuítas pela sua doutrina alicerçada em bases
democráticas.
Entre outras coisas que aconteceram e foram ao ar para todos os
lares televisivos do país, houve a surpresa dos festejos do aniversário da
Rainha dos Baixinhos, a Xuxa, personagem criada dentro da TV Globo, em programa
dirigido pela então diretora Marlene Mattos.
Xuxa, nascida em Santa Rosa (RS), uma cidade fronteiriça com a
Argentina, ao NE do Brasil.
Pois acabei de constatar que não citaram nem o nascimento da
criança, numa terra de imigrantes italianos e alemães, e nem o nascimento do
mito que tomou conta do imaginário das milhares de crianças, jovens e, por
extensão, dos familiares destes, quando foram citados estados da Federação que
só conheceram a Rainha depois que ela já havia sido lançada no mundo midiático.
Infelizmente, no Mundo Ocidental, não existe cultura aos
antepassados, nem reverências às raízes.
Esqueci que estamos num mundo da WEB em que tudo começa e acaba
num clicar de botões ou teclas.
Museus, histórias, pais, antepassados, só importa a quem ainda
canta o Hino Nacional, conhece o Brasão da Pátria, conhece suas origens e curte
seu país.
Hã... Quanta saudades do tempo em que ser brasileiro era sentir
orgulho de sê-lo.
Cleci Menegel