Segundo a mitologia chinesa, foi um dos quatros animais
sagrados convocados para participarem na criação do mundo. Um combinado de
vários animais místicos, tendo nove características que são facilmente
observáveis: cabeça semelhante à de um camelo, chifres de cervo, olhos de
coelho, orelhas de touro, barriga de sapo, escamas de carpa, patas de tigre e
garras de águia. Ele possui, ainda, um par de dentes caninos longos, feitos
para tatear o fundo dos lagos que frequenta. Os antigos acreditavam ser o
dragão um descendente dos céus, com poder para governar o cosmo em sua
totalidade, céu e terra. O dragão, representando vida longa e prosperidade, foi
geralmente associado ao poder de um imperador.
Criatura mítica e divina relacionada à abundância,
prosperidade e fortuna. Em muitas culturas, templos são construídos em honra
aos Dragões e para eles são queimados incensos e
feitas orações. Um dos animais do ciclo de 12 anos que aparece no Zodíaco da
astrologia chinesa. Diz-se que algumas
de suas qualidades mágicas, ilusórias ou não, estão contidas naqueles que
nascem sob o seu signo.
EFEITOS
DOS ESTÁGIOS DO DRAGÃO ESPIRITUAL NA VIDA DAS PESSOAS:
Primeiro estágio (inicial): Dragão oculto nas águas – O poder espiritual
está oculto nas paixões, representadas pelas águas seminais e pelo
inconsciente. Nesse estágio, a pessoa não sente o ímpeto de sair de seus
vícios, pois está em completo esquecimento de sua verdadeira natureza.
Segundo estágio: Dragão no arrozal – O início do despertar
espiritual. O dragão (nossa verdadeira essência) consegue colocar a cabeça para
fora das águas, porém se movimenta ainda em meio ao lamaçal. Caminha com
dificuldade, porém começa a perceber que existe um outro mundo de
possibilidades, uma nova realidade, distinta do mundo aquático.
Terceiro estágio: Dragão visível – É o momento em que o dragão começa a
perceber que pode sair e se lança por alguns instantes para fora das águas,
para logo voltar a elas. Porém, nesse ponto, a mesma água, que o segurava,
agora é a que o permite planar, e ele nada pela superfície, ao invés de
permanecer nas profundezas aquáticas.
Quarto estágio: Dragão saltitante – O dragão descobre
que existe terra firme e aprende a ficar sobre ela, fora das águas, em pé.
Nesse ponto, o contraste entre a antiga realidade e o novo campo de
possibilidades o colocam diante da necessidade de optar por viver fora da água
ou retornar a ela, ou seja, abdicar da conquista interior ou abdicar de ser
dominado pelos instintos.
Quinto estágio: Dragão voador – Se o dragão decide desenvolver seu
potencial criativo e encontrar sua verdadeira natureza, chega à etapa em que
aprende a voar pelos céus, que significa o encontro com sua natureza
espiritual, antes oculta. Porém, nesse voo, vez que outra sente a necessidade
de retornar à terra firme, pois ainda não consegue sustentar-se nos ares por
muito tempo.
Sexto estágio: Dragão planador – É a etapa em que o dragão aprendeu a
sustentar o estado de lucidez contínua e por isso não cai de volta à terra.
Isso significa que entrou em harmonia com a verdade e com a vida e agora é um
sábio, que necessita baixar apenas para ajudar os demais nessa mesma
trajetória.
Que nossa natureza se
renove, e, então, a sabedoria que existe em cada um se revele...
Adriana Mello