Setembro já foi, outubro chegou. E com ele, as
chuvas. Estes são os meses que marcam o início da época das águas. A época de
se plantar no Brasil. Depois de muita seca – nem tanto assim, já que foi um
inverno bastante chuvoso – esperamos, agora, o início da época das águas e, com
isso, bastante chuva para o solo, para as plantas e para nós também. Pois é,
caro leitor, vou reproduzir, ou melhor, reescrever um texto que trata de um
assunto muito importante para os amantes da jardinagem: a água.
E quando o assunto é regar as plantas, você sabe
o que fazer? Adiciona água na medida correta? Como você faz isso?
Bem, em primeiro lugar, quando o assunto é regar
as plantas, é preciso saber que cada espécie tem sua peculiaridade em relação à
necessidade de água. Muitas precisam de regas a cada três dias e outras podem
ficar até duas semanas sem água no vaso. Além disso, algumas plantas precisam
de água em suas partes aéreas – folhas e caules (algumas espécies de bromélias
e orquídeas) e outras precisam ser regadas diretamente na terra, ou seja, com
aplicação de água diretamente no solo, para que as raízes possam absorver a
água aplicada.
Quando o cultivo de espécies ornamentais se dá
em vasos, dentro de casa, os cuidados com a rega precisam ser maiores, uma vez
que não irá ocorrer precipitação atmosférica e toda água fornecida virá do
próprio responsável pelo cultivo. É fato também que plantas cultivadas dentro
de casa – não expostas ao sol diretamente – têm uma taxa de evaporação e
transpiração diferente daquelas submetidas às condições e variações dos
ambientes ao ar livre.
Em se tratando de ambientes ao ar livre,
vislumbrando maior comodidade e conforto, além de maior praticidade e adequação
ao pouco tempo dedicado aos jardins, cada vez mais urbanos, existem modernos e
eficientes sistemas de irrigação de áreas ajardinadas, com regas temporizadas e
inteligentes (contam com sensores sensíveis à chuva), irrigando o solo na
medida correta. Esses sistemas são eficientes e servem tanto para pequenas ou grandes
áreas, desde gramados a canteiros, tendo, contudo um preço mais elevado, para
compensar a tecnologia empregada.
Mas, se o assunto é mesmo jardins em vasos e
pequenas áreas dentro ou fora de casa, aqui vão algumas dicas que podem ajudar,
e muito, a manter o sucesso e a beleza do seu jardim, pois água em excesso ou a
falta dela pode acarretar severos danos aos vegetais.
Primeiramente, use o regador certo. Basicamente
existem três distintos para cada tipo de planta: o mais tradicional, com o bico
em formato de chuveiro; o borrifador – podendo funcionar como um aspersor,
formando uma espécie de névoa; e o regador de bico fino – parecendo uma
chaleira. Use este último para plantas mais delicadas, com flores. O borrifador
para plantas epífitas ou pendentes, como orquídeas e bromélias. Ele é ótimo
para umidificar as folhas dessas espécies. Por último, faça uso do regador com
bico do tipo chuveiro para regar plantas mais resistentes e maiores, cultivadas
em vasos ou jardineiras.
É importante frisar que é fundamental conhecer a
espécie que está sendo cultivada, bem como suas necessidades hídricas e também
quanto à incidência de luz. Lembre-se que plantas com sintomas de estresse
hídrico – falta ou excesso d’água – ficam mais susceptíveis às pragas e
doenças.