A REGA DAS PLANTAS - Por Fabio Freitas - outubro 2013



Setembro já foi, outubro chegou. E com ele, as chuvas. Estes são os meses que marcam o início da época das águas. A época de se plantar no Brasil. Depois de muita seca – nem tanto assim, já que foi um inverno bastante chuvoso – esperamos, agora, o início da época das águas e, com isso, bastante chuva para o solo, para as plantas e para nós também. Pois é, caro leitor, vou reproduzir, ou melhor, reescrever um texto que trata de um assunto muito importante para os amantes da jardinagem: a água. 


E quando o assunto é regar as plantas, você sabe o que fazer? Adiciona água na medida correta? Como você faz isso?
Bem, em primeiro lugar, quando o assunto é regar as plantas, é preciso saber que cada espécie tem sua peculiaridade em relação à necessidade de água. Muitas precisam de regas a cada três dias e outras podem ficar até duas semanas sem água no vaso. Além disso, algumas plantas precisam de água em suas partes aéreas – folhas e caules (algumas espécies de bromélias e orquídeas) e outras precisam ser regadas diretamente na terra, ou seja, com aplicação de água diretamente no solo, para que as raízes possam absorver a água aplicada.
Quando o cultivo de espécies ornamentais se dá em vasos, dentro de casa, os cuidados com a rega precisam ser maiores, uma vez que não irá ocorrer precipitação atmosférica e toda água fornecida virá do próprio responsável pelo cultivo. É fato também que plantas cultivadas dentro de casa – não expostas ao sol diretamente – têm uma taxa de evaporação e transpiração diferente daquelas submetidas às condições e variações dos ambientes ao ar livre. 

Em se tratando de ambientes ao ar livre, vislumbrando maior comodidade e conforto, além de maior praticidade e adequação ao pouco tempo dedicado aos jardins, cada vez mais urbanos, existem modernos e eficientes sistemas de irrigação de áreas ajardinadas, com regas temporizadas e inteligentes (contam com sensores sensíveis à chuva), irrigando o solo na medida correta. Esses sistemas são eficientes e servem tanto para pequenas ou grandes áreas, desde gramados a canteiros, tendo, contudo um preço mais elevado, para compensar a tecnologia empregada.

Mas, se o assunto é mesmo jardins em vasos e pequenas áreas dentro ou fora de casa, aqui vão algumas dicas que podem ajudar, e muito, a manter o sucesso e a beleza do seu jardim, pois água em excesso ou a falta dela pode acarretar severos danos aos vegetais.
Primeiramente, use o regador certo. Basicamente existem três distintos para cada tipo de planta: o mais tradicional, com o bico em formato de chuveiro; o borrifador – podendo funcionar como um aspersor, formando uma espécie de névoa; e o regador de bico fino – parecendo uma chaleira. Use este último para plantas mais delicadas, com flores. O borrifador para plantas epífitas ou pendentes, como orquídeas e bromélias. Ele é ótimo para umidificar as folhas dessas espécies. Por último, faça uso do regador com bico do tipo chuveiro para regar plantas mais resistentes e maiores, cultivadas em vasos ou jardineiras.

É importante frisar que é fundamental conhecer a espécie que está sendo cultivada, bem como suas necessidades hídricas e também quanto à incidência de luz. Lembre-se que plantas com sintomas de estresse hídrico – falta ou excesso d’água – ficam mais susceptíveis às pragas e doenças.