Dos Fados aos Fatos
Qual será a verdadeira contribuição da música brasileira para o Brasil e para o mundo? Você sabe?
Caro amigo, vou lhe contar que o hip-hop brasileiro está aí, veio para ficar revestido das artimanhas dos guetos brasileiros e um dia acabará virando mainstream em nossa sociedade, da mesma maneira que aconteceu nos EUA.
Enquanto isso, na Itália, Estados Unidos, Japão etc... só se fala de samba e bossa nova, e de gente que ninguém conhece bem, no Brasil, como: Tânia Maria, banda Pé de Boi, Aloísio Aguiar, Duduca da Fonseca, Romero Lubambo e Dom Um Romão. Todos esses nomes que descrevi pra você são de artistas brasileiros que representam o Brasil no exterior.
No Rio de Janeiro, temos muitos músicos que viraram personagens de nossa cidade, como o baterista Plínio Araújo, da Orquestra Tabajara, que é, hoje em dia, o profissional de bateria com mais idade (83 anos) em atividade profissional na música. Não posso deixar de citar o percussionista Pinduca, Luiz Anunciação, que é percussionista erudito e sempre esteve de olho e próximo aos instrumentos de percussão populares de nosso país. No dia 23 de março, tivemos um encontro desses dois baluartes de nossa música nacional trocando figurinhas com dezenas de outros músicos, Guto Goffi (Barão Vermelho), Robertinho Silva, Carlos Negreiros, Bidinho, Fernando Moraes, Serginho Trombone, João de Aquino, etc... no Espaço Cultural Sérgio Porto, onde a Maracatu Brasil apresentou, pela primeira vez à cidade do Rio de Janeiro, a sua escola carioca de música popular brasileira.
O foco principal dessa nova escola é a MPB, que não pode morrer e deixar de ser ensinada de geração para geração, pois essa música é o nosso ouro negro, felizmente deixado para trás pelos portugueses.