Desde que houve o massacre da escola de Realengo, fiquei com meu
pensamento voltado para quem foi o verdadeiro herói do acontecimento.
Penso ter sido o aluno que, mesmo ferido, saiu em busca de socorro e
trouxe um guarda, o qual, por sua vez, deu cabo do assassino em série.
Os louros couberam ao guarda, que cumpriu com seu dever de defender pessoas e manter a ordem. O extraordinário quem fez foi o aluno. Mesmo ferido, buscou socorro.
Outro caso de heroísmo e espírito cristão foi o da enfermeira de uma unidade neonatal de um hospital público, ao deparar-se com uma situação comum e ordinária vivida por mães e outros familiares que precisam deixar os bebês prematuros numa incubadora, às vezes por um ou dois meses, e não moram na cidade.
Nem sempre são pessoas que têm condições financeiras para permanecer próximas ao recém-nascido.
Pois a enfermeira recebeu a mãezinha e os familiares, em sua modesta casa, bem simples, até que o bebê conseguiu atingir o peso ideal e sair do hospital. Neste caso, a mãe pôde ficar com o filho, alimentá-lo com leite materno e dar o amor e calor que só a maternidade proporciona.
Mais um caso de caridade e amor ao próximo aconteceu e me comoveu: duas irmãs foram visitar os velhinhos carentes de um abrigo e encontraram uma anciã de 80 anos que tivera um AVC e lá estava, sem parentes, sem memória e sem ninguém que lhe desse carinho e amor.
As duas heroínas, anônimas, adotaram a vovozinha e a levaram para casa, onde cuidaram dela, com medicamentos, amor, atenção, dedicação e amizade.
Quando se recuperou, a anciã lembrou o lugar em que morava. As caridosas irmãs se despediram da nova amiga, com lágrimas e abraços, e a entregaram aos seus verdadeiros familiares.
Estas atitudes me levam a refletir e constatar que os heróis anônimos cumprem o mandamento que Jesus nos ensina:
AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COMO EU VOS AMO!