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Presidente da Federação de Surfe do Rio fala sobre o abandono da Praia da Macumba

Em entrevista ao Tipo Carioca, Abilio Fernandes, presidente da Federação de Surfe do Estado do Rio (Feserj), falou sobre o estado crítico de parte da orla da Praia da Macumba, que precisa, com urgência, de uma revitalização.  Esse tema foi capa da edição de novembro do jornal.

– Na sua opinião, qual a saída definitiva para se resolver essa questão?

A natureza, com sua sabedoria, desenhou, ao longo dos anos, a morfologia do nosso litoral e trouxe com ela as dunas costeiras, que são formadas por areia e cobertas por vegetação nativa, usualmente rasteira, formando um ecossistema de extrema importância para a saúde, manutenção e existência de nossas praias. Um fato comum ao longo do litoral brasileiro é a retirada das dunas para a construção de calçadões, bares, estradas, quadras esportivas e até prédios no local desse precioso ecossistema, que é protegido por lei pela reconhecida importância que tem. As consequências desse tipo de procedimento são drásticas e condenam as nossas praias ao processo de erosão. Acredito que a solução mais adequada para restaurar a Praia da Macumba seria tentar recuperar ao máximo as suas características geomorfológicas originais, engordando a faixa de areia e replantando a vegetação nativa.

– Até que ponto é culpa do poder público ou dos frequentadores o estado em que se encontra parte da Praia da Macumba?

A obra chamada de "Eco Orla da Praia da Macumba", iniciada em janeiro de 2005, que prometia revitalizar e proteger a pista de rolamento e a calçada, que estavam se destruindo com a erosão da praia, não atendeu a seus próprios princípios de obra ambiental e, pior, descumpriu legislação municipal, estadual e federal (Ver anexo 2A e 2B). A solução adotada pelos engenheiros, de colocar muros de pedra para proteger o calçadão, comprovadamente não resolveu o problema, pois já perdi até a conta de quantas vezes o calçadão foi reconstruído e desmoronou novamente (ver matérias anexas). A primeira vez foi quinze dias após a inauguração da obra. O mais grave desta situação é que, apesar de todas as evidências de erro técnico, produto de um projeto inadequado, eles insistem no mesmo erro. Será que ainda não estão convencidos que não dá certo? E os frequentadores da Praia da Macumba, por sua vez, ficam assistindo o dinheiro que pagam com seus impostos sendo literalmente jogado por água abaixo.

– Há quanto tempo a Macumba sofre com essa falta da revitalização?

O trecho da Macumba próximo à desembocadura do Canal de Sernambetiba sofreu, durante muitos anos, com a exploração criminosa da areia que era retirada por uma draga que tinha como objetivo, desobstruir a saída do canal e evitar enchentes na região. A areia retirada deveria ser devolvida a praia e lá permanecer, para, naturalmente, com a ação dos ventos e das marés, se reintegrar a praia. Ao contrário disso, a areia era comercializada para diversos fins. Com isso, a praia foi, ao longo dos anos, perdendo material, e a faixa de areia diminuiu bastante, modificando sua morfologia natural, que era composta de dunas e vegetação de restinga que exercem perfeitamente sua função de proteger o litoral da ação das ondas, por fixarem a areia, evitando a erosão.

- Com a proximidade da Copa e das Olimpíadas, você vê alguma melhora na questão ambiental na região?

Ao contrário do que tenho acompanhado na mídia, eu esperava, com o advento da Copa do Mundo e das Olimpíadas, notícias de legados mais convincentes de desenvolvimento sustentável para nossa cidade. Temos sido palco de importantes eventos sobre o meio ambiente e sustentabilidade, como a Rio +20. O que ganhamos com isso? Arranha-céus espelhados à beira-mar. Para mim, isso é um atentado ao patrimônio paisagístico de uma cidade que recebe o título de Patrimônio Paisagístico da Humanidade. Ganhamos o título pela paisagem natural, não pela de concreto. Se for esse o legado da Copa do Mundo e das Olimpíadas, prefiro ficar sem ambos.

Prainha recebe a Bandeira Azul


No início de dezembro, a Prainha se tornou a primeira praia do Rio a receber a Bandeira Azul. Trata-se de um selo socioambiental reconhecido internacionalmente, concedido pela Fundation for Environmental Education (FEE), uma organização internacional que certifica áreas costeiras segundo critérios ambientais. Para o o presidente da Associação de Surfistas e Amigos da Prainha (Asap), José Alla, o desafio agora é contar com a participação dos banhistas.
– O selo vai ajudar em projetos de educação. Esperamos que as pessoas mudem de conduta – afirmou Alla.
Pedro Paulo Carvalho, secretário municipal da Casa Civil do Rio, também participou da solenidade e revelou que Grumari deverá ser a próxima praia a receber esse certificado. O secretário afirmou ainda que a prefeitura investiu R$ 700 mil no projeto Bandeira Azul e deverá fazer a manutenção de banheiros e da estrutura da Prainha.














 



Qualificação profissional na Vila dos Atletas (com foto)

A Vila dos Atletas dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio vai oferecer duas mil vagas gratuitas para cursos de qualificação profissional na área da construção civil. Em novembro, tiveram início as primeiras aulas, para as funções de ajudante de produção e pedreiro. O objetivo é capacitar novas turmas até o fim das obras, em dezembro de 2015. Gerente executivo do Sesi/Senai de Jacarepaguá, Marcelo Gomes Gonçalves, falou sobre a importância da iniciativa:
– O setor da construção civil é o mercado crescente que move o Brasil. A Carvalho Hosken e a Odebrecht Realizações estão dando a oportunidade de todos crescerem junto com esse mercado.
Na primeira semana de 2013, terão início os novos cursos. Os interessados podem se inscrever diretamente no canteiro de obras, localizado na Avenida Olof Palm 305 – Barra da Tijuca, ou nos Centros Públicos de Emprego, Trabalho e Renda da SMTE (Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego).


Praça no Recreio ganha nova iluminação (com foto)

Localizada próximo à Rua Klara Zilbernick, no Recreio, a Praça Seis passou por reforma. O local recebeu calçadas, canteiros, quadra de esportes, espaço para lazer, aparelhos para ginástica, um rinque de patinação e 24 novas luminárias.

Área de lazer na orla do Recreio é suspensa

Com a proximidade do verão e o consequente aumento do trânsito local, a área de lazer na orla do Recreio foi suspensa no último dia 7.

Avenida Via Parque ganha novo acesso

A Avenida Via Parque, na Barra, ganhou uma nova saída, com a abertura do trecho que faz sua ligação com a Rua Tim Lopes, passando pela Avenida Luiz Carlos Prestes (onde fica o Fórum da Barra). Esse novo percurso deve amenizar o trânsito na região, reduzindo os constantes engarrafamentos.


Vargens ainda sofrem com a falta d´água

A Amavag (Associação de Moradores e Amigos de Vargem Grande) aguarda uma solução para o problema da falta d’água em determinados pontos da região. Em algumas ruas do Recreio também acontece esse problema.