CÉLERES TEMPOS




 Neste início de ano, pensei que teria de garimpar um assunto para escrever a coluna.
Mas, infelizmente, os acontecimentos que marcaram  a humanidade são, sem dúvida, indeléveis para nossa memória. Em Santa Maria/RS, o incêndio que ceifou a vida de jovens estudantes, novos profissionais, amigos, companheiros, colegas que ficaram fora da grande viagem da vida. E sinto que todos tinham uma mãezinha e uma família, que chorarão, pelo resto de seus dias, a perda irreparável.

Vamos ao fundo da questão, buscando responsáveis, e nos deparamos com vários erros, sendo que o mais grave recai sobre o poder público, que é o responsável primeiro, ao negligenciar no cumprimento das leis. Quanto ao Papa, tremi quando vi que a Santa Sé reconhecer que precisa rever seus conceitos e leis arcaicas, arraigadas na Idade Média.
Os tempos mudaram, a humanidade está vivendo a Era da Informática, das grandes transformações sociais e culturais, e penso que a Igreja se encontra muito distante das almas que conquistou  ao longo dos séculos. O ídolo sul-africano que ganhou as manchetes por ser portador de pernas mecânicas está prestes a ruir.

O meteoro, os meteoritos, passeando e visitando nosso planeta, mostrando nossa vulnerabilidade, a de mortais que imaginavam que poderiam deter ou desviar os encontros indesejados de corpos celestes. Então, lembrei-me da frase “A fila anda” e constato que, realmente, ela anda – e depressa demais.