Ainda
da série de colunas que merecem ser lidas outra vez, uma que já ocupou esse
espaço em 2008 e continua atual é esta. Invista no seu jardineiro. Vejamos
abaixo os motivos.
Cada vez mais, a
população – em especial a brasileira – preocupa-se com a qualidade de vida e as
pessoas se interessam por assuntos ligados à preservação do ambiente. Com isso,
tentam amenizar os efeitos do estresse causado nos grandes centros
urbanos.
O
paisagismo é uma atividade em constante crescimento no nosso país, uma vez que
ele contribui diretamente para a atenuação dos efeitos maléficos do estresse
das grandes cidades. Assim, a procura por este serviço vem aumentando cada vez
mais.
De carona com o
crescimento do paisagismo, outros mercados também evoluem de forma direta ou
indireta. É o caso da produção de plantas ornamentais, ferramentas, produtos
para irrigação, vasos, insumos (fertilizantes, corretivos e defensivos contra
pragas e doenças em plantas ornamentais), além do mercado da publicidade e
propaganda e da jardinagem entre outros.
Lamentavelmente,
a jardinagem não cresce com a mesma base de conhecimento da atividade
paisagística. Bons jardineiros ainda hoje são conseguidos em verdadeiras
“loterias”.
Normalmente
são pessoas que já tiveram um maior envolvimento com a produção de mudas de
plantas ornamentais, serviços de manutenção em geral ou foram criadas neste
meio, tendo muitas das vezes um parente jardineiro, que foi, na verdade, o
grande disseminador de todo o conhecimento adquirido. Para piorar a questão,
esse indivíduo, com perfil mais rural e com cunho para jardinagem está cada vez
mais raro. Dessa forma há o perigo da crescente expansão da formação do
jardineiro, sem nenhum ou equivocado embasamento técnico profissional, pois
muitos deles vieram de outros ramos, como a construção civil e a prestação de
serviços.
A
grande maioria dos jardineiros de hoje são muito empíricos, ou simplesmente
desconhecem de forma absoluta as reais necessidades do sistema solo – planta
–atmosfera. Várias práticas
e manejos necessários à execução e condução de um belo jardim não são dominadas
ou, na maioria das vezes, aplicadas de forma inadequada. Dentre elas, as podas,
a correta identificação de uma praga ou doença, adubação de plantio e
manutenção, plantio de uma árvore, manutenção de gramados etc.
Existe
uma necessidade gritante por mão de obra de boa qualidade para acompanhar o
mercado paisagístico. De nada adianta um belo projeto paisagístico se, no
momento da execução dos jardins, a equipe deixa a desejar por falta de
conhecimento. O projeto nunca demonstrará sua total beleza.
Pouquíssimas
escolas de jardinagem existem no Brasil. São Paulo detém a maioria delas, mas
ainda assim não são suficientes para cumprir a demanda. O Rio de Janeiro vem
logo a seguir em número de cursos de jardinagem.
Investir
em formação e qualificação de mão de obra tem retorno garantido. Prova disso é
que nos países desenvolvidos tais medidas já são aplicadas há tempos, trazendo
ótimos resultados.
Um
funcionário qualificado produz com mais qualidade e menor tempo, representando
economia e produtividade, reduzindo o desperdício e aumentando a eficiência e a
agilidade do trabalho. Ganha o empregador com o melhor atendimento ao público e
lucratividade. Além destas vantagens, o convívio com um funcionário satisfeito
é sempre mais saudável para ambas as partes. O seu jardim? Ele agradece e
retribui com beleza e cor.
Fabio Freitas